domingo, 8 de agosto de 2010

O lápis e a borracha

O lápis e a borracha

O lápis, todo orgulhoso de sua funções, dizia para a borracha: “Sou de grande utilidade nas mãos de meu senhor: além de anotar tudo e traçar os contornos dos desenhos, sou ferramenta indispensável do artista na hora de montar o seu projeto. E você, borracha, que belo papel? Apagar tudo. Quando se precisa de um dado importante: cadê? A borracha apagou. Você é como a tecla “delete” do computador. Destrói num único toque todo o trabalho de um dia”.

E a borracha respondeu: “De certo, apago. Apago os erros que você comete pelas mãos do seu senhor, que também é meu. Às vezes, fico na sua ponta superior para fazer esse trabalho, ou então como um pequeno tablete, sempre pronto a entrar em ação. Sou, na verdade, um quebra-galhos, mas também sou a prova concreta de que o ser humano é limitado e comete muitos erros nas suas idas e vindas pela estrada da vida.”

O LUGAR DO COMPUTADOR NA COMUNICAÇÃO

O avanço no campo da informática propiciando, a cada momento, opções novas de acesso à informação e ao conhecimento faz dos meios de comunicação social novas possibilidades e aperfeiçoamentos de grande utilidade para a formação de consciência. O cidadão livre que faz uso constante desses meios, vai encontrando novos horizontes na sua vida privada e profissional, se tornando sujeito de suas ações e muito mais ciente de seus limites.

O computador é o instrumento utilizado para colaborar com eficácia nesse processo, se bem utilizado. Para isso é preciso que ele se torne acessível a todas as classes, numa rede socializada do conhecimento. Seu uso precisa ser organizado e padronizado, a fim de alcançar seus objetivos pedagógicos. Dessa forma ele pode se tornar uma arma poderosa para a inclusão social, colaborando para que haja menos desigualdades.

Estando presente em todos os setores da vida, ele então pode acrescentar à comunicação, algo novo de grande valia para melhor atender as exigências do mundo moderno.

FALA-SE MUITO, ENTENDE-SE POUCO

É flagrante a dificuldade de se expressar com clareza e objetividade. Em diversas circunstâncias, o que se ouve, são afirmações confusas, divagações, rodeios inoportunos e cansativos, num momento em que se deveria apresentar uma conclusão esclarecedora.

Parece ser sinal de uma sociedade que evoluiu e que, ao mesmo tempo, aprendeu a disfarçar suas idéias e ideais, como atitude de defesa, talvez, nesse mundo competitivo onde o segredo pode ser a arma do negócio.

São sinais dos tempos em que vivemos: quem quiser se manter na vanguarda necessita jogar escondendo as cartas. É uma realidade excitante essa da incerteza imposta pela velocidade das informações e da formação de novos conceitos sociais e regras morais, às vezes, uma inversão de valores perigosa, que pode promover um quadro de corrupção, desvirtuando o perfil do cidadão.

Basta ouvir os discursos dos políticos para se ter a certeza de que essa tese é verdadeira: fala-se muito e entende-se, cada vez, menos.

COMUNICAÇÃO PELO SILÊNCIO


Tem momentos em que o silêncio vale mais que mil palavras. É verdade. Ele pode representar o protesto de um grupo diante de uma grande injustiça. É quando cessa a palavra, como desafio que constrange, que ridiculariza e que humilha.

Diante de uma pergunta, o silêncio pode significar um sim, uma aceitação, um não, ou uma indiferença. Depende sempre da expressão corporal do indivíduo e de sua sensibilidade.

o silêncio pode ser uma atitude de defesa, para não se comprometer diante de uma ocorrência comprometedora. É direito do cidadão, permanecer calado, ou somente falar diante de um advogado. Aí se comunica a inocência ou a culpa, de acordo com a situação.